É hora de deitar e rever as atitudes tomadas ao longo do dia e renovar as energias para o dia que já vai amanhecer. As preocupações assolam a mente e a dor física não contribui para o bom sono. Não consigo fechar os olhos, não consigo dormir. Estou tão quieta e ao mesmo tempo tão agitada. A minha cabeça gira e o mundo parece desabar sobre mim. Pela porta de vidro, acompanho o movimento da lua e sua claridade. Através dela, sei que as horas vão se passando e eu ainda não consegui um minuto se quer dormir. Levanto da cama, busco uma escova pra coçar o meu corpo que coça insuportavelmente. Todos também estão acordados, porque não conseguem dormir como eu. A mamãe me traz um xarope gostoso de morango e fico calma, pois sei que tenho que esperar um pouco, para o resultado que é o efeito. O relógio apita dizendo que já se passou mais uma hora e, a lua, continua a minha companhia. O tempo passa, não tenho nada pra fazer neste momento. Não tem nada de bom passando na televisão. Acredito que nem um amigo deve estar acordado papeando na internet e claro, não tenho cabeça pra isso. Meu Deus, eu preciso descansar, o dia foi muito cansativo. O relógio da sala apita novamente! Mais uma hora se passou. Que saco! Logo, o celular da mamãe no quarto desperta. Já são quase sete horas da manhã, preciso levantar. É domingo. É hora de tomar um banho e ir à missa. E então, vi o valor de se ter uma casa, uma cama, um cobertor, o bem-estar, a solidariedade para com aqueles mais humildes. Vi como é ficar uma noite em claro, e mesmo assim, algo incomparável com muitos que sofrem com isso, todos os dias, pelo Brasil a fora. Obrigada meu Deus!
Obs.: Refiro-me ao dia que não consegui dormir por estar com dengue.