sábado, 1 de maio de 2010

Sim, apenas amigos!

Quando acordei, lembrei-me de tudo que havia se passado na noite anterior. Não sei se eu estava certa ou tão errada, porém, disse tudo o que estava entalado dentro de mim. Não me arrependo de nenhum momento passado juntos, mas agora, já não sei se isso foi o melhor para mim, para você, ou para nós dois. Sentia-me sufocada, o amor já não prevalecia como no início. O que permanecia-nos unidos era o medo. O medo do que as pessoas iriam dizer. Os amigos que tanto torceram por nós. Nossa família, que depois de tantas coisas, decidiu nos apoiar. Mesmo assim, não dava mais. Não ganharia nada enganando aos outros, você e, principalmente a mim mesma. Eu preciso viver; aproveitar tudo aquilo que a vida, ainda há de me oferecer. Preciso de mim, preciso encontrar a minha paz. Assim, não pense que foi por mal e que tudo foi em vão. Sentia-me a necessidade de extravasar. Colocar para fora, uma angústia escondida em meio peito. Fingimos não enxergar o que algumas pessoas disseram. Escolhemos arriscar em algo que não deu certo. Preferimos, com classe, não acabarmos com tudo que começou e sim reconhecermos que os opostos não se atraem. Escutei tudo que você tinha para dizer e, você bastante dócil, fez o mesmo. Você me abraçou e demos o nosso último beijo. Seria um beijo de despedida? Não! Era a certeza de que uma sintonia, mesmo que pequena demais, ainda fazia-se presente. E a certeza de que não era preciso alvoroço algum, pois em primeiro lugar, éramos amigos e, faríamos o necessário para essa amizade durar. Sim, apenas amigos!