quarta-feira, 17 de julho de 2013

"Mais que amigos, bem mais; menos que namorados, bem menos"



Graças a Deus, um dom que se manifestava em mim há anos, foi descoberto e colocado em prática. Percebo que tenho um dote artístico que inebria-me, deixando-me feliz. Sempre  percebi uma admiração em escrever histórias, peças, novelas,  montar coreografias e por aí vai. Na época de escola, eu e minhas amigas, imitávamos a banda Rouge. A gente cantava, dançava, dublava, fotografava , era uma eterna paixão. Fiz durante muito tempo aulas de jazz, ballet,  teatro, música e descobrir um amor por escrever textos fictícios ou reais foi o que me fez dar um salto incrível em minha vida, pois, isso me ajudou e ajuda bastante no vestibular e textos que necessito criar na atualidade. Na verdade, esta introdução que fiz, talvez fosse bem desnecessária, porque, meu intuito hoje é falar sobre alguém. Talvez não seja bobeira, afinal, estou falando sobre o que gosto, o que me completa e deixa minha vida mais alegre. Nunca tive  facilidade em ficar falando sobre mim, embora alguns textos sejam bem pessoais,  sempre procuro criar um mistério, deixando quem lê, um pouco na dúvida. Sou uma pessoa muito preservada, "bitolada" em querer acertar e jamais errar. Contudo, em uma sessão com uma psicóloga do colégio, consegui acreditar na liberdade que devo me dar. Tenho a convicção de que não sou perfeita e que, portanto, necessito da oportunidade de errar. Assim, busco uma vida mais dinâmica, com a idéia de que a perfeição está apenas em Deus e que ser uma pessoa melhor a cada dia, percorrendo o caminho do bem e com boas atitudes, é meu dever, mas que perfeita, jamais serei. Preciso dizer que procuro viver uma vida equilibrada. O que me aprisionava um pouco,  além  do medo de errar é o de decepcionar ou de cometer alguma injustiça. Por isso, não costumo ficar gritando sobre a minha vida aos quatro cantos do mundo, nem  esperar demais de alguém, pois,  o tombo pode ser muito alto. Enfim, nem sei porquê estou falando tanto. Quer dizer, nos meus textos, costumo dar muitas voltas até chegar num determinado assunto.  Ao falar sobre minha vida, meus gostos, o que faz parte de mim, devo falar sobre o que eu nunca falei aqui, claramente. Nunca dediquei um texto, à uma pessoa tão essencial, que faz da minha vida, muito melhor em todos os sentidos. Porém, apesar de não ter em lugar nenhum, um texto meu tão pessoal como esse,  tudo que falarei, é o que passa em minha cabeça e vive me lembrando que é a mais pura verdade e minha realidade.  Bom, finalmente vou dizer a quem estou me referindo. Trata-se do meu melhor amigo. Um indivíduo que, pelas minhas contas conheço há 14 anos.  Tempo suficiente pra muita coisa, né? Inclusive, conhecê-lo como a palma da minha mão!  De todos esses anos, há uns 7 anos, somos muito próximos. De um ir pra casa do outro, conhecer os pais e os irmãos, de conversar horas e horas no telefone, trocar várias mensagens, desabafar, chorar, contar com um ombro amigo, orações,  assistir filme com pipoca, sair pra festas e barzinhos e tudo que os amigos próximos fazem... Sem  esquecer das fofocas, dos bafões e novidades compartilhadas. Algumas pessoas ao redor, ficam intrigadas com uma amizade tão linda, tão duradoura, sem nunca ter rolado nada de mais. Uns dizem que já ficamos ou até me perguntam como vai meu namorado, mas nada disso, nunca aconteceu. Entre nós, existe um respeito enorme, uma confiança e, sobretudo, uma amizade de causar inveja em muita gente. Mesmo assim, tenho que confessar também que, existe entre nós, um amor tão puro e bonito que  causa ciúmes em mim ao ter que dividi-lo com alguém. Sabe aquele incômodo em sentir que outra pessoa quer se aproximar dele, quer se pagar de amiga ou mesmo que seja de verdade, uma amizade, bate aquele ciuminho? Aquela sensação ruim de achar que está sendo trocada, ou menos amada, ou menos procurada pra ouvir as confidências ou pedir conselho? Tudo isso existe. Compartilhamos infinitos momentos. Temos muitas histórias. Vários já foram os bons, aqueles que se variam entre sair pra tomar um sorvete, ir pra barraquinha da igreja, viajar,  tomar açaí, trocar palavras amigas, de motivação e força, conversar de madrugada, resolver coisas de última hora, acordar um ao outro,  encontrar  num hotel quase 00:00h de outra cidade que  por coincidência nos hospedamos e ainda,  aqueles momentos não muito agradáveis como os dias de broncas, noites de brigas, ciúmes e etc e tal.  Quantas vezes já conversamos até não agüentar mais ouvir a voz  do outro pelo celular ou ligar justamente pra ouvir a voz e matar a saudade, ou ainda marcar horário pra entrar no chat do facebook, trocar tantas mensagens até chegar a dormir sem nem ver. Todavia, às vezes, existe aquela idéia de que um se doa mais. Mas isso é comum em todos os relacionamentos. Sempre um acha que é melhor, ou faz o melhor. Mas, não. Isso não é verdade. A amizade, pelo menos a nossa, é um misto de amor, força, fé e união mútua, sendo que um é o braço direito do outro, é o presente, é o anjo, é o irmão que Deus permitiu conhecer, formar, zelar e assim permanecer. Posso dizer, que eu teria mais um milhão de coisas pra falar, mas já é madrugada e estou com muita dor. Só posso esperar que Jesus abençoe esta reciprocidade, este amor amigo, este laço verdadeiro e que seja o que Ele quiser, sempre abençoado por Ele. Ao meu amigo, agradeço por tudo que dividimos, por tudo que existe entre nós, por todos os ensinamentos e aprendizados. Já falei várias vezes e é bobeira cansar de dizer isto: te amo demais, best. Você é meu melhor e maior amigo! "Mais que amigos, bem mais; menos que namorados, bem menos".