Graças a Deus, um dom que se manifestava em mim há anos, foi
descoberto e colocado em prática. Percebo que tenho um dote artístico que inebria-me, deixando-me feliz. Sempre
percebi uma admiração em escrever histórias, peças, novelas, montar coreografias e por aí vai. Na época de
escola, eu e minhas amigas, imitávamos a banda Rouge. A gente cantava, dançava,
dublava, fotografava , era uma eterna
paixão. Fiz durante muito tempo aulas de jazz, ballet, teatro, música
e descobrir um amor por escrever textos fictícios ou reais foi o que me fez dar
um salto incrível em minha vida, pois, isso me ajudou e ajuda bastante no
vestibular e textos que necessito criar na atualidade. Na verdade, esta
introdução que fiz, talvez fosse bem desnecessária, porque, meu intuito hoje é
falar sobre alguém. Talvez não seja bobeira, afinal, estou falando sobre o que
gosto, o que me completa e deixa minha vida mais alegre. Nunca tive facilidade em ficar
falando sobre mim, embora alguns textos sejam bem pessoais, sempre procuro criar um
mistério, deixando quem lê, um pouco na dúvida. Sou uma pessoa muito
preservada, "bitolada" em querer acertar e jamais errar. Contudo, em uma sessão com uma psicóloga do colégio, consegui acreditar na
liberdade que devo me dar. Tenho a convicção de que não sou perfeita e que, portanto, necessito da oportunidade de errar. Assim, busco uma vida mais dinâmica, com a
idéia de que a perfeição está apenas em Deus e que ser uma pessoa melhor a cada
dia, percorrendo o caminho do bem e com boas atitudes, é meu dever, mas que perfeita, jamais serei. Preciso dizer que procuro viver uma vida equilibrada. O que me aprisionava um pouco, além do medo de errar é o de decepcionar ou
de cometer alguma injustiça. Por isso, não costumo ficar gritando sobre a minha vida aos
quatro cantos do mundo, nem esperar demais de alguém, pois, o tombo pode ser muito alto. Enfim, nem sei porquê estou falando tanto. Quer dizer, nos meus textos, costumo dar muitas voltas até chegar num
determinado assunto. Ao falar sobre minha
vida, meus gostos, o que faz parte de mim, devo falar sobre o que eu nunca
falei aqui, claramente. Nunca dediquei um texto, à uma pessoa tão essencial,
que faz da minha vida, muito melhor em todos os sentidos. Porém, apesar de não
ter em lugar nenhum, um texto meu tão pessoal como esse, tudo que falarei, é o que passa em minha cabeça
e vive me lembrando que é a mais pura verdade e minha realidade. Bom, finalmente vou dizer a quem estou me
referindo. Trata-se do meu melhor amigo. Um indivíduo que, pelas minhas contas
conheço há 14 anos. Tempo suficiente pra
muita coisa, né? Inclusive, conhecê-lo como a palma da minha mão! De todos esses anos, há uns 7 anos, somos
muito próximos. De um ir pra casa do outro, conhecer os pais e os irmãos, de
conversar horas e horas no telefone, trocar várias mensagens, desabafar,
chorar, contar com um ombro amigo, orações, assistir filme com pipoca, sair pra festas e
barzinhos e tudo que os amigos próximos fazem... Sem esquecer das fofocas, dos bafões e novidades compartilhadas. Algumas
pessoas ao redor, ficam intrigadas com uma amizade tão linda, tão
duradoura, sem nunca ter rolado nada de mais. Uns dizem que já ficamos ou até
me perguntam como vai meu namorado, mas nada disso, nunca aconteceu. Entre nós,
existe um respeito enorme, uma confiança e, sobretudo, uma amizade de causar
inveja em muita gente. Mesmo assim, tenho que confessar também que, existe entre
nós, um amor tão puro e bonito que causa ciúmes em mim ao ter que dividi-lo
com alguém. Sabe aquele incômodo em sentir que outra pessoa quer se aproximar dele,
quer se pagar de amiga ou mesmo que seja de verdade, uma amizade, bate aquele ciuminho? Aquela sensação ruim
de achar que está sendo trocada, ou menos amada, ou menos procurada pra ouvir
as confidências ou pedir conselho? Tudo isso existe. Compartilhamos infinitos
momentos. Temos muitas histórias. Vários já foram os bons, aqueles que se
variam entre sair pra tomar um sorvete, ir pra barraquinha da igreja, viajar, tomar
açaí, trocar palavras amigas, de motivação e força, conversar de madrugada, resolver coisas de última hora, acordar um ao outro, encontrar num hotel quase 00:00h de outra cidade que por coincidência nos hospedamos e ainda, aqueles momentos não muito
agradáveis como os dias de broncas, noites de brigas, ciúmes e etc e tal. Quantas
vezes já conversamos até não agüentar mais ouvir a voz do outro pelo celular
ou ligar justamente pra ouvir a voz e matar a saudade, ou ainda marcar horário
pra entrar no chat do facebook, trocar tantas mensagens até chegar a dormir sem
nem ver. Todavia, às vezes, existe aquela idéia de que um se doa mais. Mas isso é comum em todos
os relacionamentos. Sempre um acha que é melhor, ou faz o melhor. Mas,
não. Isso não é verdade. A amizade, pelo menos a nossa, é um misto de amor, força,
fé e união mútua, sendo que um é o braço direito do outro, é o presente, é o
anjo, é o irmão que Deus permitiu conhecer, formar, zelar e assim permanecer. Posso dizer, que eu teria mais um milhão de coisas pra falar, mas já é madrugada e estou com muita dor. Só posso esperar que
Jesus abençoe esta reciprocidade, este amor amigo, este laço verdadeiro e
que seja o que Ele quiser, sempre abençoado por Ele. Ao meu amigo, agradeço por tudo que
dividimos, por tudo que existe entre nós, por todos os ensinamentos e
aprendizados. Já falei várias vezes e é bobeira cansar de dizer isto: te amo
demais, best. Você é meu melhor e maior amigo! "Mais que amigos, bem mais;
menos que namorados, bem menos".